Na última quinta-feira, o Conselho Curador do FGTS tomou uma decisão significativa ao aprovar um orçamento de R$ 124,4 bilhões destinado ao financiamento de imóveis para o ano de 2025. Este montante será utilizado em diversos programas de financiamento imobiliário, incluindo o Minha Casa Minha Vida e o Pró-Cotista, que é especificamente voltado para trabalhadores que possuem conta no FGTS.
Além disso, o programa Pró-Moradia, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade social, contará com um orçamento de R$ 2,4 bilhões. Este valor será utilizado para realizar obras de urbanização em favelas e para a contenção de encostas, visando melhorar as condições de vida dessas comunidades.
É importante destacar que o valor aprovado para 2025 é ligeiramente inferior ao montante reservado para 2024, que foi de R$ 126,3 bilhões, além de ser menor do que o total solicitado pelo governo.
Perspectivas para o Orçamento de Moradia
Recentemente, o ministro das Cidades, Jader Filho, expressou seu desejo de aumentar o orçamento destinado à moradia para R$ 130 bilhões. Essa iniciativa visa alcançar a meta de contratações do programa Minha Casa Minha Vida até o ano de 2026.
Entretanto, foi observada uma redução na contratação de habitações na faixa 3 do programa Minha Casa Minha Vida, que passou de 38% para 32%. Essa faixa é composta por famílias que possuem uma renda mensal entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil.
Por outro lado, as contratações nas faixas 1 e 2 do programa estão projetadas para serem maiores. Abaixo, apresentamos os números esperados para cada faixa:
- Faixa 1: 213,6 mil contratações
- Faixa 2: 169,5 mil contratações
- Faixa 3: 185,6 mil contratações
- Pró-Cotista: 10,5 mil contratações
A redução na faixa 3 é atribuída às novas regras de financiamento para imóveis usados. Em agosto, o governo estabeleceu um novo limite máximo para o valor do imóvel, fixando-o em R$ 270 mil, além de definir uma cota de financiamento de 50% nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Com essas mudanças, espera-se que o número de imóveis usados financiados diminua significativamente, passando de 26% para 17%. O orçamento aprovado pelo Conselho Curador do FGTS totaliza R$ 142,3 bilhões, englobando não apenas moradia, mas também saneamento e infraestrutura.
O Conselho também aprovou um orçamento de R$ 7,5 bilhões para contratações no setor de saneamento, o que representa cerca de metade dos R$ 15,7 bilhões em projetos selecionados para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
No que diz respeito à infraestrutura urbana, aproximadamente R$ 8 bilhões serão destinados a projetos, o que equivale a dois terços das obras selecionadas para o PAC.